A participação da construção civil na atual crise climática é preocupante: entre a produção de materiais, a execução e a operação dos edifícios, o setor é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa. Ao mesmo tempo, as populações urbanas estão crescendo a taxas históricas e constatamos que na construção das grandes cidades, importantes consumidoras de energia, parece que a redução do impacto da disciplina vem de pequenas iniciativas de comunidades e indivíduos e não de grandes ações políticas e profissionais.
A história nos mostra diversas técnicas e materiais locais que conseguiram ser sustentáveis ao longo do tempo. O uso eficiente de recursos que não precisam ser transformados por grandes etapas de processamento industrial e que eliminam a necessidade de longos deslocamentos. Em alguns casos, ao final da vida útil, podem até ser devolvidos ao meio ambiente como o adobe e a madeira.
Sem dúvida, a tecnologia e o conhecimento atuais podem ajudar a melhorá-los para que sejam aplicáveis às grandes cidades. Quanto mais podemos aprender com a arquitetura vernacular? É possível desenvolver projetos com baixo impacto ao meio ambiente e adaptá-los a contextos urbanos densos?
A partir de uma perspectiva crítica, devemos discutir quais são as melhores opções e em quais casos a arquitetura deve se voltar mais para a escala local ao invés da global. Assim, abrimos este espaço para suas opiniões, para que você compartilhe suas referências e experiências sobre o assunto. Compartilhe conosco seu entendimento de materiais locais e como pensa que eles podem ser usados nas megacidades de hoje e de amanhã. Os comentários serão selecionados e publicados em um próximo artigo.
Este artigo é parte do Tópico do ArchDaily: Materiais Locais. Mensalmente, exploramos um tema específico através de artigos, entrevistas, notícias e projetos. Saiba mais sobre os tópicos mensais. Como sempre, o ArchDaily está aberto a contribuições de nossos leitores; se você quiser enviar um artigo ou projeto, entre em contato.